segunda-feira, 28 de maio de 2012

Greve nacional das federais é uma das maiores já realizadas pelos docentes




O ANDES-SN avalia que esta é uma das maiores greves
já realizadas desde 2001, ainda no governo FHC.
Nesta manhã de segunda-feira (28), centenas de professores de universidades federais em greve realizaram uma manifestação em frente ao Ministério do Planejamento. A atividade está sendo organizada pelo Comando Nacional de Greve, em conjunto com o Comando Local de Greve dos docentes da Universidade de Brasília (UnB).

Já são 47 instituições federais paradas. “Essa é uma greve que está com uma força impressionante. Das 62 seções sindicais do ANDES-SN que representam instituições federais, apenas 11 não estarão em greve na próxima semana”, avalia a professora Elaine Carvalho, do Comando Nacional de Greve.

Para Elaine, é certo que a adesão vem crescendo. “Setores tradicionalmente refratários a paralisações, como os da área médica e tecnológica, estão parando. Na faculdade onde ensino (odontologia da Universidade Federal de Pernambuco) os estudantes realizaram uma assembleia segunda-feira passada (21) e decidiram parar”, conta.
Ato estudantil de apoio à greve mobilizou
centenas de estudantes na UFOP.

Elaine avalia que a decisão foi tomada porque o curso está muito precarizado, sofrendo da falta de material. Outro fator que levou os estudantes a tomar a decisão foi porque nem todos os professores estavam parados, o que estava atrapalhando a vida acadêmica dos alunos.

Professora da rede federal há 18 anos, Elaine participou das greves de 1998, 2001 , 2003 e que nunca participou de uma mobilização com as características da atual. A primeira diferença está na força inicial da greve. “Nenhuma das greves que participei começou com uma adesão tão grande de tantas seções sindicais”, conta.

Outro fator apontado por Elaine é o fato de as assembleias locais que decidiram pela greve terem poucos votos contrários. Numa média de 200 professores, 180 votaram a favor, quatro contra e o restante eram de abstenções. “Também tenho percebido uma participação massiva dos novos professores, em sua maioria jovens, e o apoio da sociedade à nossa causa. Até agora as manifestações têm sido positivas e não temos recebido críticas formais de setores que geralmente são contrários a greve”, argumenta.

O quadro atualizado da greve pode ser acessado aqui.

*Com informações do portal do ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior) e da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular).

D.A Letras negocia possíveis soluções para os problemas da biblioteca

Expansão sem Qualidade
Em 2012 completam-se 5 anos de implementação do REUNI, um programa do Governo Federal que visa a expansão do número de vagas das Universidades Federais de todo o país. Defendemos o maior acesso da população na Universidade, o problema é que isso é feito pensar na qualidade do ensino. Não há investimentos suficientes em estrutura e contratação de professores. Assim, os alunos das Universidades sofrem de diversas maneiras  com as consequências do REUNI.
Na biblioteca da Faculdade de Letras da UFMG, isso se reflete principalmente nas questões dos escaninhos e locais de estudo. Muitas vezes todos os escaninhos estão ocupados e  somos obrigados a deixar as mochilas no chão, correndo o risco de furto, ou de simplesmente procurar outro local para estudar. Até mesmo quando conseguimos entrar há o risco de todos os lugares estarem ocupados e não  termos a possibilidade de permanecer na biblioteca. Os alunos da noite, novamente, são os mais prejudicados. Além de terem que enfrentar todos esses problemas ainda sofrem com a limitação do horário de funcionamento da biblioteca. A aula é até às 22:30, mas o horário de empréstimo e devolução é apenas até às 21:00.

Má utilização do Espaço
Além dos problemas ligados ao REUNI existem  questões que dependem diretamente do bom senso do frequentados da biblioteca.  Há o uso inconsciente de alguns alunos da faculdade das salas de estudos em grupo . Às vezes as pessoas que estão utlizando deixam o local, mas guardam mochila “marcando o lugar na sala”, o que impede que qualquer pessoa possa utilizar o espaço. Há também pessoas que ocupam as salas sozinhas, o que vai contra o objetivo do espaço, destinado ao estudo em grupo.

Reforma e barulho
Outros aspectos que prejudicam o usuário da biblioteca estão relacionados às obras e ao barulho gerado por alguns frequentadores do espaço do D.A. Há muito tempo a biblioteca está sendo “reformada”, o que faz com que sempre mude a entrada, forçando as pessoas a entrarem cada dia por um lugar diferente e a suportarem transtorno e barulho por tempo indeterminado, já que a obra está atrasada e não há previsão de término. O barulho agrava-se por alguns frequentadores do D.A, que, sem pensar no bem estar dos que estão estudando, gritam e colocam música alta.

D.A letras reúne com os bibliotecários
Para resolver essas questões, o D.A Letras reuniu-se com os responsáveis pela biblioteca a fim de negociar o aumento do número de escaninhos, ampliação do horário de funcionamento e saber uma perspectiva de término das obras.  O número de escaninhos, até semana que vem, será aumentado em quatro vezes. Em relação ao horário de funcionamento, foi dito que não há possibilidades de aumentar por falta de funcionários. Sugerimos que fosse colocado um bolsista da FUMP até às 22:30, mas não é permitido que um estagiário fique na biblioteca sem a presença de um bibliotecário. Em relação às salas de estudo, há um funcionário que faz a ronda para verificar se elas estão sendo utilizadas corretamente. Foi dito que às vezes os próprios alunos, quando chamados atenção, desacatam o funcionário. Porém, haverá uma preocupação para que essa ronda seja feita com mais rigor para a melhor utilização das salas. Em relação as obras, não  há previsão de término.

Conscientização para o bom uso do espaço do D.A
        Consideramos que o espaço do   D.A é livre e democrático, onde as pessoas podem se acomodar e ficar à vontade. Porém, uma vez que estamos recebendo diversas reclamações de barulho incômodo oriundo do espaço do D.A, estamos tentando conscientientizar os estudantes a não extrapolarem no tom de voz e na música. Esses alertas são feitos verbalmente e há a perspectiva da colocação de cartazes pedindo para que os frequentadores tenham bom senso e consciência de que o barulho atrapalha as aulas e quem está estudando na bilbioteca.

A luta continua
Apesar de algumas conquistas parciais, há a necessidade de  avançar para que a biblioteca atenda de fato os estudantes. É preciso   pressionar para termos um funcionário que faça empréstimos e devoluções até às 22:30 para assim atender os alunos do turno da noite. É necessário, também,  pressão para uma perspectiva de término das obras e que as rondas nas salas de estudo sejam de fato efetivas. Além disso, não podemos relaxar quanto ao barulho no espaço do D.A, pois um D.A democrático deve favorecer os interesses de todos os estudantes, não só daqueles que estão utilizando o espaço naquele momento.

D.A Letras UFMG, gestão “Ao Pé Da Letras”

D.A Letras conquista melhorias parciais para a cantina da Faculdade

A realidade da cantina da Faculdade de Letras é conhecida pelos alunos e funcionários. Lanches caros e de má qualidade, filas enormes e poucas opções de salgados. Se você é vegetariano, a situação é ainda pior. A única coisa disponível para comer é o pão de queijo. Tudo isso resulta na dificuldade do aluno em se manter na faculdade, pois às vezes não consegue pagar o próprio lanche. Além disso, os alunos ficam desanimados e cansados com a cantina e em alguns casos preferem não utilizá-la.

Tentativas de soluções para esse problema já ocorreram no ano passado, em que foi feito um boicote. Nele, todos os estudantes foram chamados a não comerem na cantina até os responsáveis apresentarem um plano para melhor atender os frequentadores da Faculdade de Letras. Para suprir o papel da cantina, foi incentivado que os próprios alunos vendessem lanche dentro da faculdade. O boicote funcionou temporariamente, mas pouco tempo depois os preços voltaram ao “normal”.        

Pensando na necessidade e urgência da resolução de tal problema, os membros da gestão do D.A Letras se reuniram com o gerente da cantina para negociar redução de preços, melhoria da qualidade e aumento da variedade de salgados. Ele se propôs a fazer algumas promoções, colocar um caixa rápido nos horários de intervalo para diminuir a fila e a aumentar a variedade de salgados. Algumas dessas propostas já foram implementadas. O pão de queijo com café que antes estava à R$ 1,50 agora custa R$ 1,30 e o caixa rápido está realmente funcionando nos horários de intervalo.

Porém, não podemos parar por aí. É preciso avançar nas melhorias e ficar atento para que o que foi conquistado até agora não seja perdido no primeiro descuido. Queremos que a cantina seja acessível e de fato atenda às necessidades dos estudantes. Caso isso não seja possível através do diálogo, defendemos um novo boicote, mas que seja duradouro e realmente efetivo para resolver definitivamente o problema. Para isso, contamos com o apoio dos estudantes, pois somente através da unidade conseguiremos dar um fim a algo que prejudica tanto aqueles que estão no cotidiano da faculdade.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Manifesto Nacional contra a expulsão de 6 alunos da USP

O movimento estudantil da Universidade de São Paulo, nesta última sexta-feira (16), foi surpreendido com mais um ataque da Reitor João Grandino Rodas e do Governo Alckmin/PSDB. Leia e divulgue o manifesto abaixo, em defesa dos estudantes expulsos e contra a criminalização dos protestos:

MANIFESTO CONTRA A EXPULSÃO DE 6 ALUNOS DA USP


Na última sexta-feira, dia 16 de dezembro de 2011, em despacho publicado no "Diário Oficial" de São Paulo, o reitor João Grandinho Rodas divulgou a expulsão de seis estudantes da Universidade de São Paulo, que estão participando da ocupação na moradia estudantil (CRUSP). A reitoria da USP decretou a pena de eliminação do corpo discente da universidade e exclusão do CRUSP aos estudantes que lutam por mais permanência estudantil, ou seja, que defendem a possibilidade com que se tenha nas cadeiras da universidade pública estudantes de baixa renda.

Essa agressão ao direito democrático de organização e ação política no interior da universidade foi respaldada por um decreto dos anos de Ditadura Militar, mais precisamente de 1972. O decreto referido acima, em seu artigo 250, trata como falta de indisciplina grave, passível de punição, as seguintes ações: “promover manifestação ou propaganda de caráter político-partidário, racial ou religioso, bem como incitar, promover ou apoiar ausências coletivas aos trabalhos escolares”. O conteúdo deste decreto está claramente em contradição com o livre direito de greve e de manifestação política, garantidos pela Constituição Nacional de 1988.

Essa medida do reitor é parte integrante da política repressiva da administração da universidade e do governo do estado de São Paulo contra o movimento organizado no interior da USP. Só este ano de 2011, vimos a ameaça de demissão de dirigentes sindicais do SINTUSP, a prisão de 73 estudantes que se mobilizavam contra a presença da Polícia Militar no campus e, agora nas férias escolares, essas absurdas expulsões. Fica explícito a intenção por parte das autoridades de quebrar qualquer resistência à aplicação de seu projeto de universidade.

Diante deste triste acontecimento, as entidades assinadas abaixo repudiam a repressão exercida por João Grandino Rodas e convocam o conjunto dos movimentos estudantil, popular e sindical brasileiros a se incluírem numa grande campanha de defesa da liberdade de manifestação política, exigindo da reitoria da USP e do governo do estado de São Paulo a imediata anulação da expulsão dos seis estudantes. Essa campanha já começa nesta segunda-feira com o ato às 13h, em frente à reitoria da USP, e com a reunião aberta para articular as próximas iniciativas do movimento, às 17h na sala 51 do bloco F do CRUSP.

Assinam*:

ANEL
ANDES
CSP-CONLUTAS
SINASEFE
MTST
SEPE-RJ
SIND-REDE BH
DA-LETRAS UFMG
DA-MÚSICA UFMG
DA-ICB UFMG
CAPSI UFMG
COMUNICA UFMG
DACOI PUC-MG
COLETIVO HÁ QUEM SAMBE DIFERENTE (PUC-MG)
(...)
(*) A lista de assinantes está em constante modificação com a incorporação de novas entidades e coletivos apoiadores de todo o Brasil. Portanto, aqui não estão todas as entidades assinantes. Para incorporar a sua entidade ou coletivo à lista de assinantes, envie um e-mail para anelonline@gmail.com.

Veja e divulgue o depoimento da estudante de letras da USP, Jéssica Trinca, vítima da ação da reitoria:

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Nota do DA-Letras (Gestão Ao Pé da Letras) de repúdio ao Governo Anastasia e seus 51 deputados inimigos da educação

Nos últimos meses todos os estudantes se comoveram com a brava greve de 112 dias dos trabalhadores em educação da rede estadual. O movimento desmascarou a campanha publicitária de Aécio, Anastasia e o PSDB e mostrou que a educação em Minas não é um mar de rosas. Os professores e funcionários lutaram para exigir o cumprimento da Lei Federal do Piso, que o Governo Federal criou, mas não fez cumprir em diversos estados, como é o caso de Minas Gerais.

Ao apagar das luzes da noite do último dia 23 de novembro foi aprovado na ALMG o substitutivo do Projeto de Lei nº 2.355, que coloca todos os trabalhadores em educação da rede estadual de volta à farsa do Subsídio. Foram 51 votos a favor e 20 contra, sendo que o substitutivo foi entregue na ALMG um dia antes da sua aprovação, ou seja, quem votou a favor mal conhecia o projeto e o fez seguindo ordens do governador Anastasia (PSDB).

O Subsídio trata-se de uma medida que mantém desvalorização e os baixos salários, destrói a carreira dos servidores reduzindo os gastos do Estado com a remuneração e rebaixa os valores das futuras aposentadorias, numa espécie de “reforma da previdência velada”.

Estes 51 parlamentares aprovaram uma medida que é um verdadeiro ataque aos trabalhadores em educação. Para justificar tamanho descaso, afirmam em uníssono com Anastasia que o estado está quebrado, que faltam verbas, que é impossível conceder mais investimento para a educação. Mas essa falácia cai por terra quando vemos as obras da copa acontecendo a todo vapor, quando o governo faz concessões bilionárias em isenções fiscais e incentivos aos empreiteiros e grandes indústrias e quando vemos o quanto o governo tanto em nível estadual quanto federal entrega o dinheiro dos trabalhadores para pagar a dívida pública.

Frente a essa situação revoltante de descaso com os trabalhadores em educação e com os estudantes de todo o estado, o DA-Letras gestão Ao Pé da Letras manifesta seu repúdio ao governador Anastasia e seus 51 deputados, que são inimigos da educação e dos trabalhadores. Fazemos um chamado a todos os estudantes e coletivos independentes de governos e reitorias e fortalecer a luta em defesa da educação pública denunciando amplamente este governo e participando do Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB para a Educação Pública.

> Nenhuma confiança no governo Anastasia e seus 51 deputados inimigos da educação pública!
> Pelo fim do subsídio e pela reconstrução da carreira já!
> Pelo cumprimento imediato da lei piso nacional dos trabalhadores em educação em todo o país, rumo ao piso do DIEESE!
> Queremos 10% do PIB para a Educação Pública já! Não ao PNE do Governo Dilma!


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Campanha 10% do PIB para a Educação Pública já ganha consulta eletrônica

http://cspconlutas.org.br/wp-content/uploads/2011/11/DSC03560-as-Smart-Object-1ok-470x210.jpg

A campanha 10% do PIB para a Educação Pública, além do plebiscito, está promovendo uma consulta eletrônica.

Para votar, basta acessar o link abaixo e inserir as informações solicitadas.


Orientamos a todas as entidades e movimentos a divulgarem em seus blogs, sites e redes sociais o endereço dessa consulta.

Vote! Vamos fortalecer a campanha 10% do PIB para a Educação Pública já!

 
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