segunda-feira, 28 de maio de 2012

D.A Letras negocia possíveis soluções para os problemas da biblioteca

Expansão sem Qualidade
Em 2012 completam-se 5 anos de implementação do REUNI, um programa do Governo Federal que visa a expansão do número de vagas das Universidades Federais de todo o país. Defendemos o maior acesso da população na Universidade, o problema é que isso é feito pensar na qualidade do ensino. Não há investimentos suficientes em estrutura e contratação de professores. Assim, os alunos das Universidades sofrem de diversas maneiras  com as consequências do REUNI.
Na biblioteca da Faculdade de Letras da UFMG, isso se reflete principalmente nas questões dos escaninhos e locais de estudo. Muitas vezes todos os escaninhos estão ocupados e  somos obrigados a deixar as mochilas no chão, correndo o risco de furto, ou de simplesmente procurar outro local para estudar. Até mesmo quando conseguimos entrar há o risco de todos os lugares estarem ocupados e não  termos a possibilidade de permanecer na biblioteca. Os alunos da noite, novamente, são os mais prejudicados. Além de terem que enfrentar todos esses problemas ainda sofrem com a limitação do horário de funcionamento da biblioteca. A aula é até às 22:30, mas o horário de empréstimo e devolução é apenas até às 21:00.

Má utilização do Espaço
Além dos problemas ligados ao REUNI existem  questões que dependem diretamente do bom senso do frequentados da biblioteca.  Há o uso inconsciente de alguns alunos da faculdade das salas de estudos em grupo . Às vezes as pessoas que estão utlizando deixam o local, mas guardam mochila “marcando o lugar na sala”, o que impede que qualquer pessoa possa utilizar o espaço. Há também pessoas que ocupam as salas sozinhas, o que vai contra o objetivo do espaço, destinado ao estudo em grupo.

Reforma e barulho
Outros aspectos que prejudicam o usuário da biblioteca estão relacionados às obras e ao barulho gerado por alguns frequentadores do espaço do D.A. Há muito tempo a biblioteca está sendo “reformada”, o que faz com que sempre mude a entrada, forçando as pessoas a entrarem cada dia por um lugar diferente e a suportarem transtorno e barulho por tempo indeterminado, já que a obra está atrasada e não há previsão de término. O barulho agrava-se por alguns frequentadores do D.A, que, sem pensar no bem estar dos que estão estudando, gritam e colocam música alta.

D.A letras reúne com os bibliotecários
Para resolver essas questões, o D.A Letras reuniu-se com os responsáveis pela biblioteca a fim de negociar o aumento do número de escaninhos, ampliação do horário de funcionamento e saber uma perspectiva de término das obras.  O número de escaninhos, até semana que vem, será aumentado em quatro vezes. Em relação ao horário de funcionamento, foi dito que não há possibilidades de aumentar por falta de funcionários. Sugerimos que fosse colocado um bolsista da FUMP até às 22:30, mas não é permitido que um estagiário fique na biblioteca sem a presença de um bibliotecário. Em relação às salas de estudo, há um funcionário que faz a ronda para verificar se elas estão sendo utilizadas corretamente. Foi dito que às vezes os próprios alunos, quando chamados atenção, desacatam o funcionário. Porém, haverá uma preocupação para que essa ronda seja feita com mais rigor para a melhor utilização das salas. Em relação as obras, não  há previsão de término.

Conscientização para o bom uso do espaço do D.A
        Consideramos que o espaço do   D.A é livre e democrático, onde as pessoas podem se acomodar e ficar à vontade. Porém, uma vez que estamos recebendo diversas reclamações de barulho incômodo oriundo do espaço do D.A, estamos tentando conscientientizar os estudantes a não extrapolarem no tom de voz e na música. Esses alertas são feitos verbalmente e há a perspectiva da colocação de cartazes pedindo para que os frequentadores tenham bom senso e consciência de que o barulho atrapalha as aulas e quem está estudando na bilbioteca.

A luta continua
Apesar de algumas conquistas parciais, há a necessidade de  avançar para que a biblioteca atenda de fato os estudantes. É preciso   pressionar para termos um funcionário que faça empréstimos e devoluções até às 22:30 para assim atender os alunos do turno da noite. É necessário, também,  pressão para uma perspectiva de término das obras e que as rondas nas salas de estudo sejam de fato efetivas. Além disso, não podemos relaxar quanto ao barulho no espaço do D.A, pois um D.A democrático deve favorecer os interesses de todos os estudantes, não só daqueles que estão utilizando o espaço naquele momento.

D.A Letras UFMG, gestão “Ao Pé Da Letras”

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