Expansão sem Qualidade
Em 2012 completam-se 5 anos de implementação do REUNI, um programa
do Governo Federal que visa a expansão do número de vagas das
Universidades Federais de todo o país. Defendemos o maior acesso da
população na Universidade, o problema é que isso é feito pensar na
qualidade do ensino. Não há investimentos suficientes em estrutura e
contratação de professores. Assim, os alunos das Universidades sofrem
de diversas maneiras com as consequências do REUNI.
Na biblioteca da Faculdade de Letras da UFMG, isso se reflete
principalmente nas questões dos escaninhos e locais de estudo. Muitas
vezes todos os escaninhos estão ocupados e somos obrigados a deixar as
mochilas no chão, correndo o risco de furto, ou de simplesmente
procurar outro local para estudar. Até mesmo quando conseguimos entrar
há o risco de todos os lugares estarem ocupados e não termos a
possibilidade de permanecer na biblioteca. Os alunos da noite,
novamente, são os mais prejudicados. Além de terem que enfrentar todos
esses problemas ainda sofrem com a limitação do horário de
funcionamento da biblioteca. A aula é até às 22:30, mas o horário de
empréstimo e devolução é apenas até às 21:00.
Má utilização do Espaço
Além dos problemas ligados ao REUNI existem questões que dependem
diretamente do bom senso do frequentados da biblioteca. Há o uso
inconsciente de alguns alunos da faculdade das salas de estudos em grupo
. Às vezes as pessoas que estão utlizando deixam o local, mas guardam
mochila “marcando o lugar na sala”, o que impede que qualquer pessoa
possa utilizar o espaço. Há também pessoas que ocupam as salas sozinhas,
o que vai contra o objetivo do espaço, destinado ao estudo em grupo.
Reforma e barulho
Outros aspectos que prejudicam o usuário da biblioteca estão
relacionados às obras e ao barulho gerado por alguns frequentadores do
espaço do D.A. Há muito tempo a biblioteca está sendo “reformada”, o
que faz com que sempre mude a entrada, forçando as pessoas a entrarem
cada dia por um lugar diferente e a suportarem transtorno e barulho por
tempo indeterminado, já que a obra está atrasada e não há previsão de
término. O barulho agrava-se por alguns frequentadores do D.A, que, sem
pensar no bem estar dos que estão estudando, gritam e colocam música
alta.
D.A letras reúne com os bibliotecários
Para resolver essas questões, o D.A Letras reuniu-se com os
responsáveis pela biblioteca a fim de negociar o aumento do número de
escaninhos, ampliação do horário de funcionamento e saber uma
perspectiva de término das obras. O número de escaninhos, até semana
que vem, será aumentado em quatro vezes. Em relação ao horário de
funcionamento, foi dito que não há possibilidades de aumentar por falta
de funcionários. Sugerimos que fosse colocado um bolsista da FUMP até
às 22:30, mas não é permitido que um estagiário fique na biblioteca sem
a presença de um bibliotecário. Em relação às salas de estudo, há um
funcionário que faz a ronda para verificar se elas estão sendo
utilizadas corretamente. Foi dito que às vezes os próprios alunos,
quando chamados atenção, desacatam o funcionário. Porém, haverá uma
preocupação para que essa ronda seja feita com mais rigor para a melhor
utilização das salas. Em relação as obras, não há previsão de
término.
Conscientização para o bom uso do espaço do D.A
Consideramos que o espaço do D.A é livre e democrático,
onde as pessoas podem se acomodar e ficar à vontade. Porém, uma vez que
estamos recebendo diversas reclamações de barulho incômodo oriundo do
espaço do D.A, estamos tentando conscientientizar os estudantes a não
extrapolarem no tom de voz e na música. Esses alertas são feitos
verbalmente e há a perspectiva da colocação de cartazes pedindo para
que os frequentadores tenham bom senso e consciência de que o barulho
atrapalha as aulas e quem está estudando na bilbioteca.
A luta continua
Apesar de algumas conquistas parciais, há a necessidade de
avançar para que a biblioteca atenda de fato os estudantes. É preciso
pressionar para termos um funcionário que faça empréstimos e
devoluções até às 22:30 para assim atender os alunos do turno da noite.
É necessário, também, pressão para uma perspectiva de término das
obras e que as rondas nas salas de estudo sejam de fato efetivas. Além
disso, não podemos relaxar quanto ao barulho no espaço do D.A, pois um
D.A democrático deve favorecer os interesses de todos os estudantes,
não só daqueles que estão utilizando o espaço naquele momento.
D.A Letras UFMG, gestão “Ao Pé Da Letras”